No ultimo dia 14 o Cavalete andou até a Brasilândia (Periferia
de São Paulo Z/N)
Nesse dia o Sarau da Brasa completou 4º anos de resistência cultural. Juntamente com outros coletivos e grupos, o "Cavalete Andante" chegou pra somar. Foi uma tarde produtiva e criativa. Os
andantes presentes se expressaram de diversas maneiras, havia um grupo de
crianças aguardando o publico chegar para se apresentarem numa roda de capoeira,
enquanto isso eles participaram e se expressaram de outras maneiras.
No inicio todos estavam tímidos e curiosos com o processo,
pedir pra cada “andante” lixar sua madeira a ser pintada, expliquei que esse
processo ajudaria a aderir mais a tinta no suporte e que daria outra qualidade
para o trabalho. Empolgados com a lixa colocamos a mão na “massa”, com o passar
do tempo alguns foram se soltando e pensando na pintura a ser desenvolvida. Pensamos
no tema capoeira como ponto de partida para fazermos as pinturas. Alguns seguiram
ao pé da letra, outro não, teve andante que pensou o entorno, a observação. A
construção dos trabalhos foi surgindo, algumas crianças ainda espantadas com a
proposta não entenderam porque não tínhamos lápis para desenhar, expliquei que
com pincel também se desenha, que a idéia era exatamente essa, experimentar
outras possíveis maneiras de fazer arte etc.
Foi um dia incrível com muitas formas consistentes, os olhos deles brilhavam com as cores e pinceis, havia algo intenso no fazer de cada um, cada criança tinha orgulho de mostrar seu trabalho - Andante “Olha tiú como ficou bonito”. No final do processo senti o quanto aquela atividade foi importante pra cada criança presente. A pintura tem força, muita força!
Foi um dia incrível com muitas formas consistentes, os olhos deles brilhavam com as cores e pinceis, havia algo intenso no fazer de cada um, cada criança tinha orgulho de mostrar seu trabalho - Andante “Olha tiú como ficou bonito”. No final do processo senti o quanto aquela atividade foi importante pra cada criança presente. A pintura tem força, muita força!
Jardélio Santos
"AQUELA AGRADÁVEL POSIÇÃO INICIAL,CHEIA DE
INCOMPLETUDE, NÃO
DEVE SER VALORIZADA EXCETO COMO ESTIMULO PARA IR
ADIANTE".
(RICHARD DIEBENKORN)